O que é?
O líquen plano ungueal (LPU) é uma doença inflamatória capaz de provocar alterações na matriz (raiz da unha), no leito ungueal (região abaixo da unha) e na região periungueal (ao redor da unha). Essas modificações podem levar a danos irreversíveis da unidade ungueal se não forem tratadas a tempo. Evidências sugerem que a doença seja autoimune.
Sintomas
O envolvimento da matriz ungueal é evidenciado pela diminuição da espessura da placa ungueal, estrias na superfície da unha e fenda distal. Esse problema evolui para a fragmentação da placa ungueal e fenda longitudinal. Outros sinais: lúnula (parte da unha que se localiza na base desse anexo cutâneo) avermelhada; manchas brancas; pontos na unha semelhante ao “dedal”, chamados pittings; unha rugosa e descolamento da unha na região próxima e abaixo da cutícula.
O acometimento do leito ungueal pode ser visto como descolamento, pontos hemorrágicos e alteração da cor: marrom (melanoníquia), vermelho (eritroniquia) e ceratose subungueal.
Mudanças associadas ao acometimento simultâneo da matriz e leito ungueais incluem: cicatrizes ungueais, atrofia da unidade ungueal (não há mais formação da unha), estrias na superfície da unha convergindo ao centro da unidade ungueal. Além dessas mudanças típicas pode ocorrer inflamação ao redor da unha.
Tratamentos
Não tratar o LPU pode resultar na perda da placa ungueal, onicodistrofia permanente e até perda completa da unidade ungueal. Devido a evolução agressiva, o tratamento é obrigatório e deve ser feito o mais rápido possível após o diagnóstico. Os corticóides são considerados o tratamento padrão-ouro do LPU. A acitretina é uma opção que tem demonstrado bons resultados. Recentemente, o tacrolimus tem sido considerado uma terapia alternativa com excelentes resultados. Em 2010 foi introduzida a terapia biológica no tratamento do LPU.
Prevenção
Qualquer alteração física da unha, acometendo preferencialmente várias unhas da mão, com sinais inflamatórios e alteração de sensibilidade deve ser examinada pelo dermatologista. O LPU tende a recorrer após suspensão do tratamento pelo que o paciente deve continuar acompanhamento clinico apos remissão.
FONTE: SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA